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CEO da BlackRock revela mudança de opinião sobre o Bitcoin

Larry Fink, o CEO da BlackRock, participou recentemente de uma entrevista no programa “60 Minutes” e compartilhou seu novo posicionamento sobre o Bitcoin. Antes, ele via a criptomoeda como uma ferramenta usada por criminosos e para lavagem de dinheiro. Mas, mudando de ares, agora sua gestora comanda um fundo de impressionantes US$ 90,7 bilhões em Bitcoin, tornando-se a maior ETF desse setor.

Mudanças de opinião como essa não são incomuns. Um exemplo notório é o de Michael Saylor, que, em 2013, previu que o Bitcoin tinha os dias contados. Hoje, sua empresa abriga US$ 73,4 bilhões na moeda digital.

Bitcoin é como ouro, segundo Larry Fink

Na sua aparição no programa, Fink expressou satisfação com as decisões do governo americano. Para ele, o cenário atual permite que os investidores acessem novas inovações, como startups de inteligência artificial e data centers, em seus planos de aposentadoria.

Quando questionado sobre suas declarações anteriores sobre as criptomoedas, Fink explicou o porquê da sua mudança de opinião. Ele afirmou: “Mencionei o Bitcoin no passado, pois falávamos de sua associação com ladrões e lavagem de dinheiro”. Com a experiência do mercado, ele acredita que é essencial reavaliar crenças antigas.

Fink ainda destacou que “as criptomoedas têm um papel, assim como o ouro: são uma alternativa para quem quer diversificar seus investimentos”. Ele acredita que o Bitcoin não é um ativo ruim, mas não deve ocupar um espaço muito grande no portfólio do investidor.

Considerando os riscos

Em trechos anteriores da entrevista, Fink também falou sobre ativos de maior risco, referindo-se a investimentos mais ousados, como startups, em planos de aposentadoria, os conhecidos 401k. Ele expressou que “tudo é arriscado, exceto manter seu dinheiro em uma conta bancária durante a noite”.

Fink compartilhou a perspectiva de que, ao longo de 100 anos, mesmo em circunstâncias desafiadoras, quem tiver paciência e uma visão de longo prazo tende a ter bons resultados. Ele ressaltou a importância de um portfólio diversificado e que não existe uma solução única para todos. Ao contrário, ele vê oportunidades valiosas em investimentos de mercado privado.

Recentemente, o mercado de criptomoedas passou por um momento tenso, com a maior liquidação já registrada. Contudo, essa não é a primeira vez que a indústria enfrenta desafios desse tipo e, historicamente, sempre há uma expectativa de recuperação e valorização a longo prazo. No último grande evento, US$ 19,1 bilhões foram liquidadas, mas o histórico do mercado mostra que ele consegue se reinventar e se fortalecer após dificuldades.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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